17/01/2017

Eu sou um pouco de "A metamorfose", de Franz Kafka

Fala, "galeuris"! Tudo joinha com vocês? Bom, espero que sim.

Pra quem ainda não sabe, eu sou o Anderson Pereira, e sou o novo colaborador aqui do blog. Mirelle e eu formamos uma bela dupla de loucos e apaixonados por literatura e sinto-me lisonjeado por agora fazer parte da família "Eu sou um pouco de cada livro que li". Obrigado pelo convite, Mirelle!

Mas enfim, essa é a minha primeira resenha aqui e espero que vocês gostem.

Vamos lá...

Ler ou não ler "A metamorfose", de Franz Kafka? Eis a questão.


Descrição: 'A Metamorfose' é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.

Há um bom tempo o livro "A metamorfose" estava na minha lista de leituras (lista essa que não para de crescer, diga-se de passagem, haha), porém havia um certo receio de minha parte de mergulhar fundo na leitura dessa obra, afinal o livro é considerado um dos maiores clássicos da literatura mundial (quanta responsabilidade! rs'). Então, com várias indicações de amigos para que eu finalmente o lesse, eis que surgiu a oportunidade de ler essa obra curta, mas genial, peculiar e até mesmo grotesca.

O livro nos conta a história do caixeiro viajante Gregor Samsa, filho mais velho que mora com a família (pai, mãe e irmã) e que é o provedor, economicamente falando, desta, que em um belo e ensolarado dia (mentira, não tinha nada de belo e ensolarado, kkkk) acorda metamorfoseado em um inseto gigantesco.

No decorrer da narrativa, acompanhamos os esforços de sua família em acompanhar essa surreal transformação enquanto tentam entender o que aconteceu, ao mesmo tempo em que vamos percebendo as reações de cada membro à tal mudança. Por outro lado, temos Gregor, um humano, que ainda pensa como um humano, porém tendo a sua consciência presa em um corpo estranho, um corpo frágil de inseto, e que não demora a se enxergar como um estorvo, um peso, para a sua família. Diante dessa situação, podemos nos questionar: Até que ponto nós somos considerados úteis pela sociedade? Essa é uma das questões que Kafka, brilhantemente, trata em uma história tão surreal e peculiar.

Um dos pontos que mais me chamou atenção foi a maneira como a qual o Gregor Samsa encara a situação. É como se ele, ao se ver transformado em tal criatura, pensasse: "Ok, agora eu sou um inseto. Mas tudo bem. Não tem nada de mais nisso. Essas coisas são muito comuns e corriqueiras." Ele não se desespera ou entra em pânico, como se deve esperar que alguém reaja nessa situação. Eu, particularmente, gritaria e entraria em pânico: "Céus, eu sou um inseto! O que aconteceu? O que fizeram comigo. Socorro! kkkk" Ele, no entanto, encara a situação com uma calma e serenidade realmente impressionantes e espantosas e que fica ainda mais perceptível e evidente no decorrer das páginas seguintes.

Foi uma das leituras mais diferentes que eu já fiz, por sua narrativa sarcástica, fria, precisa, sem muitos rodeios, e principalmente por sua trama estranhamente peculiar e surreal.

Enfim, eu gostei muito da história, de tudo o que a obra representa e das questões que ela trata acerca do indivíduo e da coletividade. (Muito obrigado pela a insistência, amigos! rs')

Eu curto, compartilho e recomendo! Haha


Classificação: 👍👍👍👍
Autor: Franz Kafka
Editora: Companhia das Letras
Ano: 1997
Páginas: 104

10 comentários:

  1. À primeira vista não me parece um livro que compraria. Mas, como diz o ditado, não julgues o livro pela capa. Adorei a resenha e sim, compraria. Beijinho

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    1. Obrigado, Daniela!
      Sim, não devemos julgar o livro pela capa. Te garanto que a leitura desse livro vale muito a pena.
      Abraço!

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  2. Eu gostei da capa! Achei curiosa, já a premissa fiquei meio hmmm. Acho que não leria não haha

    xox
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    1. Oi, Clara!
      Ah, dê uma chance ao Kafka, Clara. A história é bem mais do que a premissa nos revela.

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  3. Oie!
    Gostei do post....acho que não leria esse livro....
    ^^
    bjs

    http://diariodalulu.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Luciana!
      Que bom que gostou do post. Mas por que você não leria?

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  4. Eu nunca li Kafka, mas tenho vontade. Acho que é o tipo de leitura que a gente tem que fazer com tempo pra refletir e refletir e refletir sobre tudo.

    Seja bem vindo, Anderson!

    Um beijo!
    Heeey, Maria! | Fanpage

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    1. Obrigado, Ray!
      Sim, concordo com você. É realmente o tipo de leitura que a gente tem que fazer com tempo e refletir muito.

      Abraço!

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  5. Esse livro é simplesmente incrível, a história e o enredo e o escritor surpreende a todo momento.
    Art of life and books

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