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30/12/2015

Parceria com Jefferson Sarmento

Oiii, gente, tudo firmeza? Bom, espero que sim. Hoje venho aqui anunciar mais uma parceria e dessa vez é com o autor Jefferson Sarmento. \o/

Ele é autor de três livros: Alice em Silêncio, que é seu mais novo lançamento, Velhos Segredos de Morte e Pecados Sem Perdão e  Os Ratos do Quarto ao Lado.

"Quer saber o que acho? Você não escolhe o ofício. Ele está em você desde eras anteriores ao Big Bang ou à Criação. Vem em suas veias disfarçado de sangue e atormenta seus passos até que você se sente diante de uma tela em branco (ou um papel em uma velha máquina de escrever, se preferir desse modo) e despeje mundos e gentes aos tropeções, até que isso faça algum sentido. Às vezes precisamos caminhar centenas de páginas para encontrar esse sentido..."
Jefferson Sarmento



E em breve o meu exemplar de Alice em Silêncio estará em minha mãos. Ebaaa \o/. 
Assim que lê-lo eu deixarei minha impressão no blog sobre o que achei, certin?!

Deem uma olhada nessa sinopse! O livro parece realmente muito bom. Não vejo a hora de poder tocá-lo, cheirá-lo e, por fim, lê-lo. Mais um bebê para minha estante e mais uma história com a qual aprender e aumentar minhas experiências de leitura! 

"Alice é apenas uma garotinha assustada, resgatada dos escombros de um deslizamento na estrada, no meio de uma tempestade feroz e destruidora. Pedro também foi arrastado com ela e esteve à beira de desistir (de ishcorregar, o locutor de fala arrastada repetia dentro de sua cabeça), mas aquele estranho sonho em que via a menina com seus grandes olhos azuis assustados... aquilo o fez voltar a si. Precisava tirá-la de lá!
Vagando em direção à cidade, eles testemunham a destruição e a dor dos sobreviventes da catástrofe. Desabrigados, feridos, enfermos, mortos... E em meio ao caos surge o rumor de que Alice talvez... talvez tenha curado uma pessoa quando a tocou. Poderia ser possível? Num mundo real, palpável e cruel... poderia ser possível? Pedro insiste que não, mas talvez esteja apenas tentando protegê-la, porque a cada instante parece mais evidente que a verdade...
Pedro sabe a verdade. Mas não pode contá-la. Não agora. Porque ele sabe do que as pessoas são capazes para conseguir o que querem."


Você pode adquiri-lo por:
http://www.asabeca.com.br/detalhes.php?prod=7548&friurl=_-ALICE-EM-SILENCIO--Jefferson-Sarmento-_&kb=690#.VoRsb_krLIU

Entre em contato com o autor por:  contato@jeffersonsarmento.com
Ou acesse: http://www.facebook.com/jefferson.sarmento.escritor 
Para conhecer mais sobre as obras do autor, clique: http://www.jeffersonsarmento.com/

28/12/2015

Parceria com Sapientia


Oiii, gente! É com muita alegria que venho comunicar uma parceria com o blog Sapientia. Ele foi inaugurado em Novembro desse ano e é administrado por Mateus de Bem Vieira e Julia Geraldi Vieira.
                                        

Lá vocês vão encontrar vários assuntos relacionados ao mundo literário como indica a descrição abaixo retirada do próprio blog:

"Aqui vocês encontrarão os melhores livros, além de seus resumos, comentários, informações, dicas sobre sebos e livrarias, promoções, novidades e muito mais."

Visitem, comentem, e participem! É muito importante para nós.
Sigam no:

E, se preferir, entre em contato por e-mail: contato@sapientiablog.com.br
Abração!

A Rainha Vermelha

Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora.Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.

Mare Barrow, prestes a completar 18 anos, é uma jovem que vive com a mãe, a irmã caçula Gisa e o pai cadeirante em um vilarejo chamado Palafitas, em Norta. Sua família vive sob a ameaça de que em breve Mare irá ter o mesmo destino que seus irmãos Shade, Bree e Tramy: o Exército. É isso o que acontece com jovens que não têm formação profissional ou um trabalho. Eles são mandados ao exército para servir a Elite. De um lado temos os Vermelhos, um povo escravizado que faz de tudo para sobreviver à crueldade dos seus superiores. De outro, temos os Prateados, a elite, que vive à custa do trabalho dos vermelhos.

"Há muito tempo ele nos chamou de formigas, formigas vermelhas ardendo sob a luz de um sol prateado."

Sem empregos e sem alternativas, já que todos os cargos possíveis são preenchidos rapidamente, pois nem um jovem em sã consciência deseja se alistar, ou ser obrigado a se alistar, Mare rouba para ajudar em casa no que pode enquanto Gisa, de uma beleza exuberante, trabalha fazendo bordados. 

Em uma tentativa frustrada de roubo, ela se depara com Cal, o príncipe herdeiro de Norta, filho do rei Tiberias com sua falecida esposa Coriane. E é nesse momento que a sorte da jovem muda. No dia seguinte ao encontro, ela descobre que ganhou um emprego no Castelo e tem certeza de que foi Cal que a ajudou.

Mas durante a Prova Real, onde várias jovens exibem seus poderes e habilidades para que o príncipe herdeiro escolha sua futura rainha, acontece algo inesperado. 

Mare Barrow, de sangue vermelho, descobre que tem habilidades como os prateados. O que é inadmissível, já que isso pode gerar uma guerra entre vermelhos e prateados e, então, o rei a força viver sob a mentira de que é Lady Titanos, a filha de um general prateado que morreu quando ela ainda era bebê e um soldado vermelho a tomou para cria-la como um deles.

E as surpresas não param por aí, além da mentira toda, ela ainda tem que se submeter a um noivado com o príncipe caçula Maven, filho do rei com a perversa rainha Elara, o qual não conhece e pelo qual é terrivelmente decepcionada (não só ela, nós leitores também. L Mas continuo suspeitando que tem algo muito, muito estranho com os atos de Maven.) 

Enfim, amigos leitores, o livro tem uma narrativa convidativa, ainda que a história seja um pouco previsível demais e tenha um triângulo amoroso entre Maven, Mare e Cal L. Detesto triângulos amorosos! Mas, apesar disso, eu gostei e estou muito ansiosa pelo segundo livro, que está previsto para ser lançado no Brasil em Fevereiro de 2016. 

Espero que gostem. Boa leitura!


Classificação:
Autora: Victoria Aveyard 
Editora: Seguinte
Ano: 2015
Páginas:419

26/12/2015

O Substituto- Ordem da Escuridão


Sinopse:
Dotado de beleza e inteligência fora do comum, Luca Vero foi visto com desconfiança durante toda a vida... até que o jovem é acusado de heresia. Para escapar da fogueira, aceita se tornar membro de uma Ordem misteriosa cujo objetivo é investigar estranhos relatos que assombram o mundo cristão. Para vencer seus inimigos, Luca se une a uma aliada improvável – Isolde, de 17 anos, fora aprisionada como abadessa de um convento cujas freiras sofrem constantes ataques de histeria. Além disso, os dois precisam combater a crescente atração que sentem um pelo outro. Ou podem acabar num inferno jamais imaginado.


"— E não vivemos num mundo que gosta de diferenças — lembrou Freize."

Luca Vero, um jovem de 17 anos, é bonito e inteligente demais para qualquer garoto da sua idade. E é isso o que chama a atenção do mestre da Ordem, o Santo Padre.

Em um ambiente medieval, onde a Igreja detinha o total poder sob as pessoas e estava sendo ameaçada por forças invisíveis, Luca, o pequeno lorde, ou o menino trocado, como o chama seu criado e amigo Freize, vai embarcar em uma missão. Após ser expulso do mosteiro de São Xavier, por ser acusado de heresia ou, melhor dizendo, por questionar coisas com as quais não concordava, o jovem é chamado pelo mestre da Ordem e perdoado desde que assuma o posto de Inquisidor, e esteja apto a viver entre os infiéis, os otomanos, onde deverá aprender seus métodos para assim entende-los e passar para a Igreja para que possam destruí-los.

Neste mesmo ambiente, onde até os pensamentos errados podem levar as pessoas à fogueira, vive Isolde, também de 17 anos, criada com mais liberdade que as demais jovens de sua idade e posição mas que se vê encurralada após a morte de seu amado pai, um grande cruzado e lorde de Lucretili.

Agora ela só tem duas alternativas: casar-se com o príncipe Roberto, que ela despreza, ou virar abadessa. E seu irmão Giorgio (com o qual não fui com a cara desde o início) fará de tudo para que ela cumpra, segundo ele, os termos do testamento e desejo do pai. Por fim, Isolde acaba indo para a Abadia já que o príncipe Roberto não lhe é uma opção aprazível.

Nos vemos envolto em um ambiente patriarcal, o que era de se esperar já que a construção da história se dá na Idade Média, onde os homens têm o comando sob as mulheres e estas devem aceitar, sem questionar, mas Isolde é diferente, foi criada livremente e aprendeu a pensar por si mesma. Característica que irrita, mas ao mesmo tempo intriga o jovem Luca, que foi parar justamente na Abadia onde está a jovem Lucretili para investigar ocorrências misteriosas que apontam para a jovem abadessa e sua criada, a moura Ishraq.

 "Duvido muitíssimo que um dia eu venha a entender como as mulheres pensam."

O jovem Inquisidor se depara com mistérios os quais tem que lidar e desvendar e, à medida que o livro avança, seu coração começa arder por Isolde, e o dela por ele. Mas ambos tentam reprimir esse sentimento já que não lhes parece correto sendo ele o Inquisidor e prometido à Igreja desde os onze anos e ela a Abadessa e também prometida ao celibato. 

Gostei da maneira como o livro começa, o suspense que Philippa vai envolvendo os leitores, dando doses de informações, nos deixando cada vez mais grudados às páginas até que cheguemos à última.

Mas o que senti falta foi a exploração de algumas coisas como, por exemplo, o treinamento de Luca para poder ser enviado à sua missão e, também, o momento em que Isolde vai à Abadia e sua vivência lá, e a ocorrência das coisas estranhas após sua chegada. Philippa pula vários meses e é como se tivéssemos ficado no escuro, sem saber o que aconteceu nos outros meses. Pelo menos essa foi minha impressão. Eu senti o livro um pouco superficial demais, pra falar a verdade.

Mas, tirando isso, eu gostei, até porque a Idade Média me encanta muito, acredito que foi por isso que gostei bastante e estou esperando ansiosa pelo segundo volume. E recomendo também. Apesar da superficialidade, vale a pena se aventurar na leitura de O Substituto- Ordem da Escuridão.



Classificação:
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Páginas: 272 

25/12/2015

A Conspiração Gnóstica


Sinopse:
Uma perigosa heresia ameaça a igreja de Éfeso.Poderia o velho apóstolo João impedi-la contando uma simples história?Éfeso, século I. Todos os apóstolos de Jesus estão mortos. Todos, exceto um. João, jovem discípulo amado, agora é o idoso líder da igreja cristã na rica cidade de Éfeso. Os tempos de perseguição passaram e a igreja prospera sem problemas. Aparentemente, o trabalho do velho apóstolo está chegando ao fim. Aparentemente.Mas um novo inimigo surge contra a igreja e, desta vez, ele vem de dentro. Uma perigosa heresia coloca em risco não apenas a unidade da comunidade cristã de Éfeso, mas até mesmo a própria fé em Jesus Cristo como o Filho de Deus.O que João poderia fazer?Nesta obra de ficção, narrada pelo próprio apóstolo, testemunhe os grandes feitos realizados pelo Mestre e viaje nos momentos que antecederam a criação do Evangelho de João e os motivos que o levaram a escrevê-lo!

A história é narrada desde a perspectiva do apóstolo João, filho de Zebedeu e apóstolo amado de Jesus. Mergulhando em Éfeso, no século I d. C, através dele podemos conhecer mais a respeito dos costumes da época do Senhor Jesus, o que me fascinou porque sou apaixonada por história e arqueologia bíblicas. 

O fio condutor da trama é uma heresia que ameaça a igreja de Éfeso e começa a se alastrar para as demais igrejas. Tal heresia, que afirma que Cristo não habitava o corpo de Jesus e que, portanto, não sofreu tentações e que somente no momento do sacrifício foi que veio e morreu na Cruz, é pregada pelo judeu por nome de Cerinto, que desvia muitos cristãos do caminho do Senhor.

O que não é diferente dos dias de hoje, que vemos muitos seguindo a falsos profetas e falsas doutrinas e perdendo suas almas.

O que é interessante notar também é como o autor constrói a heresia, ela é tão bem formulada que só alguém como o apóstolo amado de Jesus poderia refutá-la, ou teria o subsídio para tal, pois era preciso conhecer bem a Jesus e as Escrituras para poder enfrentar essa terrível ameaça. 

Então, João, na condição de último apóstolo vivo que conviveu com o Mestre e contemplou seus ensinos e milagres, tem a incumbência de sair do “comodismo” de sua velhice e dissipar, com a ajuda de Deus e de alguns irmãos, esse mal que perturba a Igreja do Senhor. 

Para tanto, ele vai contar uma história que ainda não foi contada pelos outros apóstolos em seus escritos, a Ressurreição de Lázaro, onde mostra tanto a humanidade, quando Jesus se comove e chora a morte de seu amigo amado, mostrando que Ele estava sujeito às emoções humanas assim como nós, e sua divindade, quando Jesus ressuscita a Lázaro após quatro dias de morto. 

Após o término da história juntamente com outras reflexões e ensinamentos a cerca do Senhor Jesus Cristo, João consegue resgatar muitos dos que se haviam deixado levar pela falsa doutrina de Cerinto.

"Não há argumentos que vençam aquele que teve um encontro com Cristo. Não há sabedoria humana, riqueza ou posição que se compare à presença de Deus na vida daquele que foi tocado por Jesus."
Não poderia deixar de comentar sobre todo o cuidado que o autor teve com o cenário e a linguagem da época, o que nos dá a sensação de que realmente é o apóstolo João nos falando. 

E o epílogo? Me surpreendeu bastante. Eu nunca tinha desconfiado que o traidor fosse esse personagem! (Eu contaria, mas não gosto de dar spoilers, haha) Vale muito a pena ler o livro. 

Acho que é isso, eu o recomendo . É o tipo de livro que fortalece nossa fé, nos faz querer buscar mais e mais a Deus.

"A Igreja do Senhor não está alicerçada na capacidade de homens falíveis e mortais, mas sim em uma pedra angular que não pode ser removida nem tampouco substituída."


Classificação: 
Autor: Robson Rocha
Editora: CPAD

O Pequeno Príncipe

SinopseLivro de criança? Com certeza.
Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tantos milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes? Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas?
O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.
 Amélia Lacombe
Para entender o livro é preciso se despir das armas adultas. É preciso se revestir de infância, de sonhos. Ele exige um coração aberto e disposto a crer mesmo sem que os olhos vejam. É muita responsabilidade falar de um livro que a maioria das pessoas já leram, já resenharam, mas, ainda assim, me atrevi a deixar minhas impressões, lembrando que cada leitor vai interpretá-lo de maneira diferente, de acordo com suas vivências e até mesmo experiências de leitura. Então, lá vai. 

No deserto do Saara, um piloto que teve de fazer um pouso de emergência, pois algo não estava bem com o motor do avião, encontra um menino de cabelos dourados e cheio de histórias para compartilhar. Em sua viajem por diversos planetas, mundos, o pequeno príncipe descobre e aprende coisas. Eu, particularmente, vejo cada um desses mundos como aqueles em que nos trancamos. Cada pessoa tem o seu próprio e se fecha nele de maneira que não consegue, muitas vezes, enxergar e apreciar as coisas mais simples da vida.

Imagem retirada da internet
Exupéry nos devolve, através do pequeno príncipe, a leveza do olhar. É muito mais que o encontro de um menino com um homem, é a volta de ser novamente uma criança. Em resumo, é uma volta de si, do seu eu que sempre esteve ali, do nosso eu que sempre se espreita e espera o momento certo para aflorar. É preciso coragem para encontrar a si mesmo quando o mundo adulto já nos tem “infectado” com suas ideias e conceitos.

O encontro com o principezinho é a cura para a cegueira que o mundo nos causa. É a volta dos sonhos, da fantasia e da beleza extraordinária do viver. É ver o mundo com a simplicidade que só uma criança pode fazê-lo. É enxergar o invisível e acreditar que é possível viver com o outro. O pequeno príncipe nos ensina que em um mundo de diferenças e contrastes, onde todos buscam algo, mas nunca o encontra, é possível cativar e ser cativado por uma rosa e fazer dela uma flor única, porque é sua. Se você cuida, protege e gasta seu tempo com ela, é porque ela é importante para você, e se é importante, é única mesmo existindo milhões dela no mundo. 

É isso o que acontece com as pessoas, quando fazemos delas amigas elas se tornam únicas e insubstituíveis, por isso sofremos quando nos separamos ou as perdemos.

No momento em que o protagonista consegue consertar o avião, o principezinho também se vai, talvez seja porque ele não pode habitar em um mundo onde será sufocado pela impureza adulta. 

Mas, para vê-lo, basta olhar para as estrelas. Porque nós adultos dificilmente apreciamos o céu! Então lá, onde apenas olhares de pessoas que compreendem as coisas extraordinárias da vida, ele poderá ser encontrado e sorrirá, e será como ouvir a risada de quinhentos milhões de guizos.
Créditos da imagem: Tumblr
E eu chorei porque este é um livro extraordinariamente cativante. 

Classificação:
Título original: Le Petit Prince
Editora: AGIR
Edição: 52ª 
Páginas: 96 
Ano: 2015

23/12/2015

Trono de Vidro- Herdeira do fogo

Sinopse: 
Misto de Assassin’s creed e Game of Thrones, a história de Celaena Sardothien, uma assassina a serviço de um rei tirânico, é uma fantasia épica repleta de ação, intriga e cenas de luta inesquecíveis. No terceiro livro da saga, Celaena ressurge das cinzas ainda mais forte e letal. E parte em uma jornada em busca de uma obscura verdade: uma informação sobre sua herança e seus antepassados que pode mudar sua vida e o futuro de dois reinos para sempre. Enquanto isso, forças sinistras começam a despontar no horizonte e têm planos malignos para dominar o seu mundo. Agora, depende de Celaena encontrar coragem para enfrentar tais perigos, além de seus próprios demônios, e fazer a escolha mais difícil da sua vida.
Celaena Sardotien, agora com 19 anos de idade, antes escrava nas minas de sal de Endovier, continua servindo a coroa como a “campeã do rei”. Depois de fingir o assassinato de vários inimigos do rei de Adarlan – por achar que os infelizes não mereciam morrer só porque o rei os taxava como ameaça –, ela embarca em uma nova missão para Wendlyn a fim de derrubar seu reinado a mando de seu soberano. A viajem foi arquitetada pelo capitão da guarda real Chaol Westfall com o intuito de desviar a atenção do rei sob a assassina e Dorian. Depois da demonstração que o capitão vira sobre a magia – ha dez anos banida pelo próprio rei – do príncipe e a da Celaena, fazia de tudo para desvia-los dos olhos astutos e cruéis de sua majestade, e isso incluía afastar, embora não estivessem mais juntos, o grande amor da sua vida.

Neste terceiro volume, outros personagens, cuja existência já fora mencionada e explicada nos volumes anteriores, ganham espaço, como a aliança das bruxas Dentes de Ferro. Composto por três clãs: as bruxas Bico Negro, as Baba Pernas Amarelas e as Sangue Azul, sendo o primeiro o que mais se destaca por seu poder e, principalmente, pela jovem herdeira Manon Bico Negro, uma bruxa astuta e fria, ele esta a serviço do rei de Adarlan. Elas ganham serpentes aladas para poderem voltar a voar e em troca lutarão para ele. Pois é, isso mesmo! Eu só digo uma coisa: Te prepara, Celaena!

Confesso que nessa parte de definir e explicar os clãs eu achei o livro meio confuso, por isso é bom prestar bastante atenção nos outros, principalmente no segundo livro, para entendermos melhor a história da magia e das bruxas (também não sei se foi a tradução que estava ruim). Dá para entender, mas às vezes as informações se embolam e se misturam e a gente fica tentando entender quem pertence a que clã (mais uma vez, talvez só eu tenha tido essa dificuldade, mas também li em PDF). Mas o bom é que ao longo da narrativa as coisas vão tomando seu devido lugar.

Celaena, ou Aelin Ashryver Galathynius, neste volume, vai ter suas habilidades feéricas – seu povo de origem – testadas. Se ela achava que tinha sofrido nas mãos do mestre dos assassinos Aerobyn Hamel, é porque ainda não tinha conhecido o príncipe feérico Rowan Whitethorn; é a brutalidade em pessoa... digo, em personagem. 

Gente, e as serpentes aladas? Do que são feitas, a partir de quê? Eu tenho um palpite, mas prefiro deixar que você, meu amigo leitor, descubra e sinta na pele a dor do desespero que eu senti, hahaha (tô aprendendo com a Celaena). E o Aerobyn Hamel que nunca aparece? Caraaaaa, essa pessoa tem que dar um olá nessa série. Espero que a autora o inclua nos outros volumes. Preciso saber mais sobre esse cara terrível.

Bom, já escrevi muito, acho que está na hora de colocar um fim nessa resenha. Espero que vocês gostem desse volume e, assim como eu, estejam super ansiosos pelo quarto volume da série.



Classificação:


Editora: Galera

Ano: 2015
Autora: Sarah J. Maas

22/12/2015

Trono de Vidro- Coroa da Meia-Noite


Celaena Sardothien, a melhor assassina de Adarlan, tornou-se a assassina real depois de vencer a competição do rei e se livrar da escravidão das Minas de Sal de Endovier. Mas sua lealdade nunca esteve com a coroa. Tudo o que deseja é ser livre — e fazer justiça. Nos arredores do castelo, surgem rumores a respeito de uma conspiração contra misteriosos planos do rei, mas antes de cuidar dos traidores, Celaena quer descobrir exatamente que planos são esses. O que ela não imaginava é que acabaria em meio a uma perigosa trama de segredos e traições tecida ao redor da coroa. Enquanto a amizade entre ela e o capitão Westfall cresce cada vez mais, o príncipe Dorian se afasta, imerso em seus próprios dilemas e descobertas.
 A princesa Nehemia acaba se tornando uma conselheira e confidente, mas sua atenção está mais voltada para outros assuntos. Em Adarlan, um segredo parece se esconder por trás de cada porta trancada, e Celaena está determinada a desvendar todos eles para proteger aqueles que aprendeu a amar. Mas o tempo é curto, e as ameaças ao redor castelo de vidro estão cada vez mais próximas. Quando menos se espera, uma trágica noite mudará a vida de todos no reino, e mais do que nunca Celaena quer descobrir a verdade para fazer justiça.

Neste segundo volume, a assassina de Adarlan, Celaena Sardothien, começa a executar sua tarefa: eliminar todos os supostos inimigos da coroa. Seu romance com o príncipe Dorian Havillard acaba não dando em nada e ela finalmente se envolve com o capitão da guarda real Chaol Westfall. Mas muitas são as lutas que esses três têm pela frente.

A magia aparece com mais frequência e intensidade. E foi um aspecto que gostei de reparar, em como a autora soube, aos poucos, introduzi-la sem que parecesse uma coisa “idiota”. Bom, no comecinho eu fiquei meio com um pé atrás, achando a coisa um tanto boba, mas ao decorrer das páginas a autora segurou firme a rédea e o tema obteve êxito, ganhou espaço.

Os personagens, principalmente Celaena e Dorian, acabam desvelando segredos há muito guardados e que podem cobrar-lhes muito caro por isso.

É um livro, assim como o primeiro, que nos prende do início ao fim e que nos faz lamentar termos outras coisas além dele para prestarmos conta. Porque ele exige ser lido, exige sua atenção e tempo. E eu gosto muito de livros assim, que manda em nós, haha.

E outra coisa bem legal é que nós temos a perspectiva não somente de Celaena, mas de outros personagens como Dorian, Chaol, o Rei, Kaltain.

Através de um narrador em terceira pessoa (eu diria que é um narrador onisciente, pois desnuda-os expondo seus medos e anseios) nos é narrada, exposta, as impressões desses personagens. E eu amo esse tipo de estrutura narrativa porque nos permite não somente mergulhar no universo do livro em termos geográficos ou históricos, mas também psicológico. 

Enfim, no geral é um livro ótimo que eu super recomendo.


Classificação:
Editora: Galera
Ano: 2014
Autora: Sarah J. Maas

Enquanto Bela dormia

Gente, olha o livro que será lançado em janeiro pela editora Arqueiro! Que lindo e que capa linda! Eu acho tão massa essas releituras de contos de fadas. Com certeza irei comprar, haha. Mais um adicionado à lista.
“Em uma alquimia irresistível, a ficção histórica e a forma clássica de desfiar narrativas se unem nesta inteligente recriação de A Bela Adormecida. Com suas intrigas palacianas, este livro pode até não ser um conto de fadas, mas é tão encantador quanto um.” – People


“Inesperado e de partir o coração. Uma história cativante cheia de casos de amor, segredos e promessas feitas e quebradas. Esta releitura linda e original de um clássico é sedutora e muitas vezes surpreendente.” – Library Journal
Nos salões de um castelo, uma confidente leal guardou por muitos anos os segredos de uma rainha linda e melancólica, uma princesa que só queria ser livre e uma mulher que sonhava com a coroa. Esta é sua história.

Ambientada em meio ao luxo e às agruras de um reino medieval, esta releitura de A Bela Adormecida consegue ser fiel ao clássico ao mesmo tempo que constrói uma narrativa recheada de elementos contemporâneos. Nessa mescla, os dramas de seus personagens – um casal infértil, uma jovem que não aceita viver em uma redoma e uma família despedaçada pela inveja – tornam-se atemporais. 

Quando a rainha Lenore não consegue engravidar, recorre aos supostos poderes mágicos da tia do rei, Millicent. Com sua ajuda, nasce Rosa, uma menina linda e saudável. No entanto, a alegria logo dá lugar às sombras: o rei expulsa de suas terras a tia arrogante, que então jura se vingar. Seu ódio se torna a maldição que ameaça a vida de Rosa. Assim, a menina cresce presa entre os muros do castelo, cercada dos cuidados dos pais e de Flora, a tia bondosa e dedicada do rei que encarna a fada boa do conto original. 

Mas quando todas as tentativas de proteger Rosa falham, é Elise, a dama de companhia e confidente da princesa, sua única chance de se manter viva. E é pelos olhos dessa narradora improvável que conhecemos todos os personagens, nos surpreendemos com o destino de cada um e descobrimos que, quando se guia pelo amor – a magia mais poderosa do mundo –, qualquer pessoa é capaz de criar o próprio final feliz.

Texto retirado de: http://www.editoraarqueiro.com.br/proximos-lancamentos/enquanto-bela-dormia/

21/12/2015

Trono de Vidro

Sinopse: Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, um jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.

O que falar desse livro? Puxa, vida! Eu peguei ele, fui lendo e me apaixonei. A personagem Celaena Sardothien é adorável. É uma assassina arrogante de 18 anos, mas esconde um coração cheio de feridas piores que as de seu corpo. É apaixonada por livros, ama doces e animais! Nem é preciso dizer que me identifiquei. 

Depois de passar quase um ano no campo de trabalho forçado chamado Endovier, extraindo sal, ela é escolhida pelo príncipe herdeiro de Adarlan, Dorian Havillard, de 19 anos, para participar de um campeonato onde o que vencesse se tornaria o "campeão do rei" Adarlan e trabalharia exclusivamente para ele durante quatro anos e depois teria sua liberdade. Sorte? Não, acho que no caso de Celaena foi destino mesmo. Ela mal esperava o que vinha pela frente.

Estando no Castelo de Vidro, em Forte da Fenda, ela ficou sob os cuidados de alguns guardas e, especificamente, do capitão da Guarda real, Chaol Westfall, de 22 anos. Aos poucos vai ganhando o coração do príncipe e, sem ambos estarem cientes, do Capitão. E eu me aperriei nessa hora porque detesto triângulos amorosos. Mas, fiquei super contente quando descobri que eles não chegavam a ser isso. Ela se envolve com Dorian, e Chaol mantém-se afastado, já que o príncipe é seu superior e seu melhor amigo e, a princípio, ele acha, só acha, que odeia Celaena. Pobre rapaz enganado. 

Chega o dia da competição e depois de muitas agonias, ela ganha. Mas ao longo do tempo ganha também a confiança do capitão.

Enfim, é um livro muito bom, tão bom que você fica triste ao terminá-lo. Ainda bem que tem outros, mas já comecei a imaginar como será minha vida depois que terminar de ler todos. Talvez eu volte e conte.

Classificação:
Editora: Galera
Ano: 2013
Autora: Sarah J. Maas

20/12/2015

Pedro Páramo

Sinopse: Romance mais aclamado da literatura mexicana, Pedro Páramo é o primeiro de dois livros lançados em toda a vida de Juan Rulfo. O enredo, simples, trata da promessa feita por um filho à mãe moribunda, que lhe pede que saia em busca do pai, Pedro Páramo, um malvado lendário e assassino. Juan Preciado, o filho, não encontra pessoas, mas defuntos repletos de memórias, que lhe falam da crueldade implacável do pai. Vergonha é o que Juan sente. Alegoricamente, é o México ferido que grita suas chagas e suas revoluções, por meio de uma aldeia seca e vazia onde apenas os mortos sobrevivem para narrar os horrores da história. O realismo fantástico como hoje se conhece não teria existido sem Pedro Páramo; é dessa fonte que beberam o colombiano Gabriel Garcia Márquez e o peruano Mario Vargas Llosa, que também narram odisséias latino-americanas.


Pedro Páramo, publicada originalmente em 1955, é uma obra clássica das letras hispânicas contemporânea e dá a seu autor, Juan Rulfo, uma fama universal.

A história começa com o protagonista, Juan Preciado, indo a Comala a fim de cumprir a promessa feita a mãe em seu leito de morte, que seria procurar seu pai, Pedro Páramo, e lhe cobrar tudo a que tinha direito. 

À medida que o protagonista adentra o povoado, ele é conduzido a um mundo diferente do descrito por sua mãe. Ele se depara com personagens estranhos que enchem a cidade de murmúrios e a reconstrói através de memórias. Dessa forma, o autor nos conduz do real ao fantástico, onde passado e presente dialogam e se entrelaçam descrevendo de forma avassaladora a realidade cotidiana do campo mexicano do século XX. 

Enfim, o livro é muito bom; um pouco louco, mas bom. A gente começa a ler e só lá no meio é que alguma coisa começa fazer sentido, mas no fim a gente entende (eu acho, rs, brincadeira). 



Sobre o autor:
Juan Rulfo Vizcaíno (1917- 1986), é considerado um mito da história da literatura hispânica. Nasceu em Sayula, no estado de Jalisco, México, e publicou em 1953 a coleção de contos El Llano en Llamas e em 1955, seu único romance Pedro Páramo. Ganhou o Prêmio Príncipe de Áustrias das Letras, em 1983.
Sua infância está marcada pelas violentas Revoltas Campesinas e Cristeras, o que teria grande influencia em seu fazer literário.





Classificação:

Não Pare!

Nina Scott só queria uma vida normal como qualquer adolescente da idade dela. Com uma mãe super protetora, ela leva uma vida nômade desde que consegue lembrar-se. Parece que sempre estão fugindo de algo, mas Nina não sabe do quê. É cercada de acontecimentos estranhos, mas sempre, de alguma forma milagrosa, consegue escapar do que parecia ser sua morte certa. Ela sabe que tem algo estranho consigo, mas sempre que tenta conversar com sua mãe a respeito, Stela desconversa. 

De cidade em cidade, de país em país, elas acabam se mudando pra Nova Iorque e Stela decide que já basta dessa vida agitada e sem raízes (até que enfim!!!). 

A partir daí, Nina começa a formar uma vida que se assemelha a normalidade, mas que no fim não tem nada de normal já que continua sendo perseguida pelo que parece ser um azar infindo. Na escola, ela conhece Melanie, ou Melly, uma garota tagarela, mas gente boa que acaba se tornando sua amiga. Conhece também Kevin, um garoto muito bonito e, aparentemente, muito bondoso e gentil, o oposto de Richard Trent, um cara mal-humorado e ignorante (bota ignorante nisso!). 

Minha impressão, no começo do livro, quando Nina começa a ter calafrios e desmaios sem precedentes, é que ela tinha alguma espécie de superpoder ou algo do tipo. Aliás, tudo seria mais provável do que o que a autora nos mostra. Confesso que superou minhas expectativas. Ela conseguiu criar um contexto que foge do que eu havia pensado, e isso é legal, muito legal mesmo.

A narrativa nos prende enquanto somos expostos a Zyrk, uma terceira dimensão que está entre o Plano (o céu) e o Intermediário (a Terra), e é onde habitam aqueles que há muito foram condenados a viverem sem sentir nada (não os bons sentimentos, como o amor, a compaixão, desejos...) e a tirar vidas. Pois é, eles são a Morte, ou Resgatadores. E querem a todo custo levar Nina, mas ela é especial, é diferente, e Richard se dá conta disso. E é por isso que ele tenta salvá-la. Mas será possível livrá-la dele mesmo? É, pelo visto ele vai comprar uma briga terrível, e consigo mesmo.

Enfim, eu gostei muito do livro “Não Pare!”, tem uma narrativa muito fluida e uma história que supera nossas expectativas. Já estou lendo o segundo livro da série. É isso. Super recomendo!

¡Hasta la vista, amigos lectores!


Classificação:

Autora: FML Pepper
Editora: Valentina
Ano: 2015

Um mergulho no oceano de Lettie

A trama se constrói à medida que as lembranças do protagonista- um homem de meia idade que sai de um funeral e, para espairecer um pouco, pega seu carro e dirige “inconscientemente” - surgem. Sentado no banco de uma antiga casa na fazenda Hempstock, no fim da estrada, frente ao lago que sua amiga Lettie chamava de oceano, ele revive seu passado.

Trazendo à tona a parte mágica de quando o protagonista tinha sete anos de idade, Gaiman nos empresta seus olhos e sentidos, nos permitindo ver e sentir como só uma criança pode fazê-lo.

Contudo, é importante ressaltar que, como diz a velha sra. Hempstock, “Pessoas diferentes se lembram das coisas de jeitos diferentes...” pág. 196, então, na percepção do garoto, na fazenda de sua amiga aconteciam coisas extraordinárias e misteriosas, e ele descreve com tanta naturalidade que realidade e fantasia se chocam e se entrelaçam a ponto de se confundir e não sabermos onde uma começa e onde a outra termina.

Tudo começa com a misteriosa morte do minerador de opala- que havia se hospedado na casa do garotinho- dentro do carro da família, o Mini branco. É a partir desse momento que o garoto conhece Lettie, Ginnie e a velha sra. Hempstock. 

Imagem do site www.literar.com.br 
Para mim, Lettie Hempstock, uma menina de onze anos, representa essa parte da infância que, quando adultos, de alguma forma, é “apagada”, deixada em um lugar escuro da nossa mente. Neil nos faz abrir o baú empoeirado com o passar dos anos e nos mostra as fotografias que nele há: recordações da infância. 

Creio que um dos motivos que Gaiman não nomeou o protagonista é que ele pode nos representar, representar nossa infância. Mesmo que tenha muito da infância do autor impressa na narrativa, nós também fazemos parte de seus traços. 

O que é simples para um adulto, pode não o ser para uma criança. Uma mancha na parede pode muito bem ser um rosto. A sombra de uma árvore, sob a luz do luar, pode ser facilmente confundida com um monstro. Cada um constrói seu monstro conforme seu medo. 

Acho que nossos temores por não poder ser palpados acabam sendo transferidos para algo ou alguém. Talvez seja exatamente isso que acontece quando Ursula Monkton- a nova governanta da casa do menino- aparece, ela é vista como uma espécie de ser maligno que precisa ser exterminado. Ou talvez ela o seja (vai saber!). 

É um livro que nos fala, além de infância, de lealdade e amizade. Vale muitooo a pena lê-lo e mergulhar no oceano misterioso de Lettie. 

Foi o primeiro livro que li de Neil Gaiman e Puxaaa Vida! A narrativa é incrível, eu amei. Gosto de livros que exigem de mim e me tiram do comodismo. E esse é o tipo de livro que você tem que mastigar bem antes de engolir. 

Enfim, o livro é muito bom, bom mesmooo.



Classificação:
Autor: Neil Gaiman
Páginas: 208
Ano: 2013

Um menino que atrai pelo coração

August Pullman (Auggie), uma criança de dez anos de idade, vive com seus pais Isabel Pullman e Nate, a irmã Olivia (Via) e sua cadela Dayse. Ele nasceu com uma síndrome genética que resultou em uma severa deformidade facial, por isso passou por diversas cirurgias e complicações médicas. 

Até então ele nunca havia ido a uma escola de ensino regular (sua mãe lhe dava aulas em casa) até que a mãe decide que chegou a hora. No começo ele reluta, mas no fim acaba aceitando e concordando em ir. Os alunos, não acostumados com tal deformidade, começam a importuna-lo fazendo brincadeiras de mal gosto. De princípio, seus únicos amigos são Jack Will e Summer. Mas aos poucos, August mostra que a verdadeira beleza não está na aparência física, mas no coração e, assim, acaba conquistando mais amigos do que ele imaginava. Mesmo quando as pessoas o maltratam, ele escolhe ser gentil. 

Assim, J. R. Palacio, nos faz constatar a veracidade em cada palavra "Seus feitos são seu monumentos", de uma inscrição egípcia. As pessoas, normalmente, não são lembradas por sua aparência física, mas pelo que fez. Nossas atitudes falam mais que nossa aparência. Eu digo quem sou quando eu ajo, quando eu faço. 

O livro é narrado desde a perspectiva de Auggie, de sua irmã e de seus amigos. Cada um nos oferece uma visão diferente da mesma pessoa: August Pullman, e como reagem diante da síndrome. 
               
É um livro magnífico! Nos prende do início ao fim, além, claro, de nos ensinar e, assim, confirmar cada palavra: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.", de Antoine de Saint- Exupéry, em O pequeno príncipe. É uma verdade palpável demais para ser ignorada. E é aí que você constata que o mundo precisa de mais amor, de mais pessoas como Auggie, como Via, como Isabel, com Nate, como Summer, como Will, como o senhor Buzanfa, enfim, o mundo precisa de olhos sensíveis para enxergar o coração das pessoas em vez de julgá-las por uma coisa tão insignificante como a aparência.

Palacio nos faz, dessa forma, repensar nossos conceitos e percebermos a essência da vida.

"Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil". – Sr. Browne. Extraordinário — R. J. Palacio


Classificação: 

Autora: R. J. Palácio
Ano: 2013
Editora: Intrínseca
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