Sinopse:
Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.
Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação.
Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
Em meio a um mundo frio e cruel, o coração da jovem Feyre, de 19 anos, arde de ódio pelos feéricos— um povo imortal que possuía magia e era responsável pelo massacre e quase dizimação dos humanos.
"[...] nós éramos as bestas semisselvagens para os Grãos-Feéricos. Mesmo que fossem eles os que vestiam peles e tinham garras."
Vivendo em uma aldeia ao norte de Prythian, Feyre faz de tudo para deixar a família— o pai, as irmãs Nestha e Elain — o mais alimentada possível, atrelada à promessa que fizera no leito de morte de sua mãe de que cuidaria deles e sempre estariam juntos, apesar de ela ser a mais nova de suas irmãs.
Para cumprir o que prometera, a jovem se vê impelida a levantar todas as manhãs com os primeiros raios de sol a fim de se aventurar no bosque e caçar animais para não deixar a família morrer de fome.
Em uma dessas caçadas, Feyre acaba matando um lobo, ou foi o que ela achou. Mal sabia a jovem que a flechada ia ser-lhe cobrada. Tamlin, um Grão-Senhor da Corte Primaveril, foi-lhe reclamar a vida do amigo Andras, o lobo.
Para cumprir o suposto Tratado que os feéricos tinham com os humanos a fim de garantir paz a ambos, ela deveria pagar a vida do feérico com sua própria; uma vida por outra, mas isso não significou sua morte, e sim sua separação da família que tanto amava, pois tinha que morar em Prythian e ficar lá pelo resto de sua existência como punição pela morte de Andras. Mas, ainda que não soubesse, o destino tinha preparado planos para ela.
A narrativa, no início, é movida pelo desejo de Feyre de se libertar, achar alguma brecha no Tratado que permitisse que ela voltasse para casa.
À medida que vamos lendo, temos a sensação de que a história nos é descrita através de pinceladas e, pelos olhos sensíveis de Feyre, apaixonada pela pintura, vemos e sentimos as cores e os contrastes, o que vai nos deixar com a sensação de que estamos apreciando uma paisagem com as mais diversas tonalidades e texturas. Até a capa dialoga com essa ideia e nisso tenho que parabenizar a equipe da editora Galera Record.
O convívio com Tamlin e o restante de sua corte, Lucien inclusive, faz Feyre perceber que estava errada em relação aos feéricos, nem todos eram desprezíveis e maus, existiam os que se importavam com as pessoas, como Tamlin.
Então, o ódio que ela sentia começa a se dissolver até que ela se descobre avassaladoramente apaixonada pelo Grão-Senhor. Ele corresponde ao sentimento, mas uma ameaça tão perigosa quanto a noite na floresta de Prythian está à espreita, pronta para acabar com qualquer felicidade deles e tem atacado a corte Primaveril e enfraquecido a magia de seus membros. E só Feyre pode destruí-la.
A corte Primaveril vive sob uma maldição. Todos, inclusive Tamlin e Lucien, estão presos a máscaras e de modo algum conseguem retirá-las. Desse modo, Feyre nunca vira o rosto de seu amado por causa de sua máscara de esmeralda.
Foi uma maldição outorgada por Amarantha, a Grã-Rainha de Prythian, que vive em Sob a Montanha e detém a maior parte do poder dos Grãos-Senhores de todas as sete cortes: Corte Noturna, Corte Diurna, Corte Crepuscular, Corte Invernal, Corte Estival, Corte Outonal e Corte Primaveril. Por rejeitá-la e ao seu amor doentio, ela lança um feitiço em Tamlin e toda sua corte. Só o amor verdadeiro de uma humana poderia destruir a maldição e devolver-lhes o poder. Mas não tão fácil assim. Para isso, Feyre tem que se submeter a três provas elegidas por Amarantha e desvendar um enigma. E não posso falar mais, se não começo a soltar spoilers e não sou disso, haha.
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Créditos da imagem: De cara nas letras |
Por meio de uma narrativa que nos faz mergulhar em um tempo e um povo distintos,— algo mais antigo e primitivo— somos tomados pela sensação de mergulhar no mar de estrelas e quando emergimos o mundo explode em tonalidades das mais diversas e somos recebidos pelo cheiro terroso e perfumado da Corte Primaveril e nossas vendas são tiradas para que nossos olhos contemplem o que jamais viram.
Embora alguns elementos de A Bela e a Fera estejam presentes, dialogando com Corte de Espinhos e Rosas, como as fadas, que nesse caso são os feéricos com asas que cuidam do jardim; o baile, quando Tamlin dança com Feyre na festa do solstício de verão e a questão de só Feyre ser capaz de salvar seu amado, Sarah consegue criar uma história com uma tonalidade diferente, algo que a deixa maravilhosa e ao mesmo tempo original, como um toque de magia.
É mesmo necessário perguntar se eu recomendo? Haha, sim, sim, sim!
Apesar de a tradução estar ruim em muitos trechos (fiquei super triste com isso porque sempre admirei a Galera Record pela eficiência), fazendo algumas partes ficarem meio sem sentido e ter problemas também na pontuação, ainda assim recomendo o livro. A Sarah tem uma escrita envolvente e convidativa e eu, como sua admiradora, notei em como ela amadureceu desde a série Trono de Vidro.
Espero que apreciem o livro e fiquem encantados assim como eu.
Até breve!
Classificação:
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Páginas: 434