Oi, pessoas!
Bom, hoje a resenha será de um conto o qual eu gosto muito. Esses dias estava tendo aula de Teoria da Literatura e esse conto foi analisado e eu fiquei impressionada, como sempre fico nas aulas de Literatura, haha.
O conto, A cartomante, que vou resenhar, com base nas análises feitas na sala de aula, é do escritor tão conhecido e amado Machado de Assis. Vamos à resenha!
A Cartomante vai contar a história sobre a bela Rita, de 30 anos de idade, o jovem Camilo, de 26 anos e o sério Vilela, de 29 anos, os quais vivem uma aventura amorosa. Vilela e Camilo se conheciam desde crianças, tinham uma relação de irmãos.
"Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia."
É exatamente com a frase acima que o conto começa, com Rita e Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, discutindo sobre o fato de ela ter ido a uma cartomante para averiguar o por quê dele ter se afastado dela. E, então, ele lhe confessa que têm recebido cartas anônimas de alguém que está sabendo sobre o caso deles.
"—a virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel; só o interesse é ativo e pródigo."
A narrativa, em terceira pessoa, começa conflituosa, com um narrador que a princípio não participa da história. O triângulo amoroso que temos vai servir para sustentação da narrativa, é dizer, para o desequilíbrio e o conflito, pois, assim, a história vai render mais.
Machado tem todo um cuidado em descrever os personagens e os lugares a fim de nos passar a sensação de verossimilhança e compõe uma narrativa que ora está no presente, ora no passado para nos contar com detalhes o que realmente aconteceu, é o que os críticos literários vão chamar de flashback.
Em alguns momentos podemos notar que o narrador deixa de ser um mero observador para ser testemunha. E também podemos notar o jogo que o autor faz com o tempo, além de descrever com precisão o estado psicológico dos personagens, o que nos faz nos aproximarmos e sentirmos a história com muito mais profundidade e emoção.
O que começou conflituoso aos poucos vai se abrandando até que o conflito cessa. Camilo, que acreditava que as cartas anônimas eram de Vilela, após ter ido à cartomante para averiguar porque o amigo o chamou depressa, volta a acreditar que tudo está bem e com ele sentimos essa tranquilidade. Mas, ao decorrer de todo o conto, o narrador dá sinais do que pode acontecer, mas só percebemos isso quando lemos mais de uma vez.
O conto é supercurtinho, se eu escrever mais alguma coisa vou acabar dando spoilers. Para quem ainda não leu, recomendo a leitura.
Abraço!
Classificação:
Autor: Machado de Assis
Ameii o seu blog, e agradeço por sua visitinha no meu. Já estou seguindo tá!!
ResponderExcluirhttp://coisasaserem.blogspot.com.br/
Obrigadaaa, sara! Bjos.
ExcluirObrigada também pela visita e por sua participação. ^^
Olá! Obrigada por visitar meu blog!
ResponderExcluirAcredita que apesar de gostar de literatura, tenho trauma com Machado de Assis porque no colegial fomos "obrigados" a ler "Memórias Póstumas de Brás Cubas" - dali em diante nunca mais na vida - sim na vida e infelizmente - quis ler algo relacionado com Machado, triste, não!
Adorei sua resenha, mas ainda não me convenceu a ler Machado (um trauma que um dia eu terei que superar!)
Bj
Keyla - http://www.blogleituraterapia.com.br/
Oi, Keyla, obrigada também pela visita.
ExcluirAhh, que pena que você pegou trauma. Machado escreve sublimemente, mas entendo essa coisa de você ser "obrigado a ler essa ou aquela obra", a gente acaba pegando trauma mesmo. Espero que um dia você supere.
Bjos. ^^
Eu amo esse conto!
ResponderExcluirFico feliz. Também amo!
ExcluirBjos.