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09/07/2018

Resenha | A Cova- Fábio de Andrade

Oiii gente!
Como prometido, hoje trouxe o Fábio de novo pro blog. Na verdade, uma resenha de um conto dele que saiu na Revistinha Pulp. Me propus a ler tudo que ele publicar, então lá vai.

Imagem  adaptada da Internet
💀Começamos o conto sabendo que a narradora está morta. E já na primeira página, nós ficamos curiosos pra saber quem ela é, como morreu e porquê.

🕱 Ficamos sabendo que ela é uma bióloga e que vivia num círculo privilegiado de estudiosos, incluindo um chamado Tobias, e é para eles que ela escreve a carta mencionando tudo o que lhe ocorreu.

💀Na expectativa de sucesso em uma pesquisa que está fazendo, ela viaja para colher amostras, mas seu carro morre e ela, impaciente e por causa da tempestade que assolou, se vê obrigada a descer para se abrigar em uma antiga serralheria. (Aí a gente sabe que o negócio vai ficar sinistro).

As três primeiras horas foram de calmaria e preocupação e os minutos seguintes provavam que uma tempestade sempre vai amedrontar qualquer se vivo, independentemente de sua época. p. 40
🕱 Pois bem, lá dentro, ela se vê assombrada por seres estranhos e inimagináveis.

Já tinha percorrido quase a metade da passagem quando me deparei com uma força segurando meu braço esquerdo, imediatamente virei e vi a cena que me traumatizaria para a vida inteira. p.41
💀E quando entra no escritório da diretoria e presidência em busca de algo que a livrasse daquela situação, pois seu celular, assim como seu carro, também estava sem sinal, ela acaba se envolvendo em uma leitura de correspondências entre o Sr. Joaquim Soares de Alencar (esse nome me fez lembrar do conto  do Fábio "O horrível fim de José de Alencar", na antologia Sob os Olhos do Delírio), o presidente, e uma mulher, supõe-se sua empregada, chamada Dolores Silva. 

🕱 A mulher estava grávida, mas o homem era casado e por isso não podia assumi-la e nem ao filho, sem contar nas condições precárias da fábrica. E num ato de desespero, quando o menino nasce, ela o deixa na fábrica para que Joaquim cuide dele, mas não é bem o que acontece.

💀Nossa protagonista-narradora lê e vive todas essas emoções e as atrocidades cometidas ali naquela antiga fábrica contra o menino José. E num jogo psicológico, Fábio nos assombra com sua história e nos faz pedir socorro e gritar e rastejar em busca da saída, assim como a personagem. Nos vemos presos em nosso medo, como em um quarto escuro.

Seja lá o que estivesse adormecido nesta fábrica, despertou com o berro desesperado, me provando que existem coisas que a ciência nunca terá capacidade de entender. p. 42
🕱 E o final, bem, o final vocês têm que descobrir. O que aconteceu com a personagem? Como ela morreu? Essa última pergunta fica pra imaginação dos leitores.

💀Mais uma vez o Fábio provou que sabe prender com sua escrita precisa e penetrante. Ele tem uma característica interessante e que pude observar em outros contos de sua autoria, que é dar as informações aos poucos. Nos deparamos com narradores que nos incentivam a buscar as informações e a criar os sentidos pro que lemos. Isso é extraordinário! E uma outra coisa característica na escrita do autor é essa sensação de tranquilidade inicial e que no meio se agita, depois, se acalma, mas no fim sempre há aquele impacto ou algo que deixa o leitor remoendo (e roendo as unhas) o que pode ter acontecido. E em "A cova", um conto escrito como se fosse uma carta, é exatamente esse o sentimento. As histórias do Fábio não são apenas do momento, elas nos acompanham e colocam nossa mente pra trabalhar. O conto é curto, mas terminamos a leitura com a sensação de completude e, claro, querendo ler mais coisas do Fábio, haha. Nem é preciso dizer que amei o conto. Esse e outros 6 contos vocês encontram na segunda edição da Revistinha Pulp. É só ir no site e ler a vontade 

Classificação:
🕮🕮🕮🕮🕮
Autor: Fábio de Andrade
Páginas: 7
Ano: 2018
Publicado na Revistinha Pulp

5 comentários:

  1. Ler algo assim só torna o texto cada vez mais digno e me engrandece como escritor. Por mais morta que ela esteja, a protagonista achou uma boa casa aqui no teu blog. Muito obrigado por cada palavra tratada com carinho e pelo apoio de sempre

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    Respostas
    1. Ahhh, fico feliz em ler isso, Fábio. Eu que agradeço por tantas leituras maravilhosas que você nos proporciona <3

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  2. Oii Mih.
    Eu amo os contos do Fábio de Andrad
    Essa obra em si não conhecia ainda, mas fiquei com muita vontade de ler.
    Amei de mais sua resenha.
    Beijos.

    Blog: Fantástica Ficção

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